A diretora-geral da Saúde disse hoje que no âmbito da final da Liga dos Campeões de futebol foram testadas 5.600 pessoas, das quais três estão em isolamento, duas por testarem positivo e uma por ser contacto de alto risco.
Numa conferência de imprensa realizada no Porto, onde decorreu o evento desportivo, Graça Freitas revelou que estas três pessoas estão bem, a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde e em isolamento em unidades hoteleiras.
Graça Freitas acrescentou que estas “não pertencem à mesma bolha”, estando a cumprir isolamento separadas, recusando adiantar a nacionalidade das mesmas.
De entre as 5.600 pessoas testadas estão adeptos e `staff´, sublinhou.
Graça Freitas explicou ainda que esta testagem não foi feita num único dia, nomeadamente naquele em que se realizou o jogo da final, mas ao longo dos dias que antecederam o evento desportivo.
A final da Liga dos Campeões, entre Manchester City e Chelsea, decorreu no Porto, no sábado, num jogo com a presença de adeptos ingleses, que durante os últimos dias estiveram aglomerados no centro da cidade, a maioria sem cumprir as regras ditadas pela pandemia de covid-19, como o uso de máscara e o distanciamento físico.
O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu hoje que “não correu tudo bem” com a final e os festejos da Liga dos Campeões de futebol, mas não respondeu se havia consequências políticas a retirar.
“Manifestamente não correu tudo bem”, afirmou António Costa, admitindo que “o que aconteceu este fim de semana não pode servir de exemplo” e terá que “servir de lição”.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.543.125 mortos no mundo, resultantes de mais de 170,2 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.025 pessoas dos 849.093 casos de infecção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direcção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detectado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Lusa