O Centro Hospitalar de Leiria é o único representante de Portugal no projeto internacional DUQuE, entre dez finalistas que participaram num estudo de investigação na área da qualidade hospitalar.
Margarida França, da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar e Sociedade Portuguesa para a Qualidade na Saúde, explicou à Lusa que os resultados do estudo “servirão de orientação para outras unidades de saúde alcançarem as mesmas práticas nesta área”.
A coordenadora adiantou que o projeto iniciou-se com a seleção de 30 hospitais “de forma totalmente ‘cega’, ou seja, de uma lista de hospitais não identificados pela coordenação internacional, de acordo com critérios relativos ao número de episódios por especialidade e diagnósticos”.
Em 12 de cada uma destas unidades de saúde destes países foi feita uma recolha adicional de dados em quatro diagnósticos: acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, fratura do colo do fémur e partos.
“O Centro Hospitalar de Leiria foi selecionado, devido à sua casuística e desempenho demonstrado nas quatro condições clínicas em análise, para participar numa terceira fase do estudo”, adiantou a coordenadora, frisando que esta unidade de saúde obteve “resultados muito positivos”.
O projeto teve o seu encerramento no final de abril, “aguardando-se para breve as respetivas publicações de artigos” e “outra documentação técnica dirigida aos hospitais e entidades responsáveis pela melhoria da qualidade nas unidades de saúde”, referiu Margarida França.
A coordenadora disse que a revelação dos dados dos dez hospitais finalistas – Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Polónia, Portugal, República Checa e Turquia – deverão ser conhecidos “no final de março ou princípio de abril de 2014”.
“Estes resultados serão muito importantes para dar uma orientação muito concreta no que se deve fazer em qualidade e segurança hospitalar. Será publicado um guia para funcionar em vários países”, acrescentou Margarida França.
Para a responsável, a grande vantagem de participar num projeto de investigação internacional é a de “se poder comparar práticas com os restantes hospitais participantes”.
Margarida França esclareceu, no entanto, que “não houve comparação entre países”, apenas entre unidades de saúde no mesmo território nacional.
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