O arquitecto João Pela é nas próximas eleições autárquicas o cabeça de lista do Chega à Câmara de Pombal, na qualidade de independente, após a desistência de Carlos Breda.
“Aceitei o convite por ser amigo pessoal e profissional de Carlos Breda, por termos ideias comuns e partilharmos este projecto em concreto, daí ter sido indicado para a Assembleia Municipal. Por uma questão de saúde, ele pediu que desse continuidade e que este projecto fosse agora liderado por mim”, afirmou à agência Lusa João Pela, de 62 anos e residente em Lisboa.
Referindo ter “algumas ligações familiares e afectivas a Pombal”, o candidato adiantou ter sido militante do CDS-PP até 25 de Setembro de 2020 e ter exercido vários cargos no partido. É deputado municipal e “líder de bancada do CDS em Odivelas”, distrito de Lisboa.
“O CDS está uma tristeza, quer a nível da estrutura local, que é praticamente inexistente em Odivelas, quer a nível nacional”, declarou, defendendo que “o partido tem de ser reformulado”.
“O presidente do partido entende que não quer sair, eu segui o caminho de uma parte importante de militantes”, justificou.
Sobre o que se propõe realizar no concelho de Pombal, o cabeça de lista apontou a necessidade de o concelho “deixar de ser um local de passagem de turismo religioso” e destacou a faixa litoral, da Praia da Vieira (Marinha Grande) até ao Osso da Baleia, “praias que têm um potencial enorme”.
“Importa tirar partido da sua localização, como também da serra de Sicó”, salientou, notando que “a parte que está em Pombal é uma pedreira”, pelo que “há algo que tem de mudar”.
Já relativamente ao rio Arunca, João Pela quer o curso de água “mais limpo e que possa ser usufruído pelos munícipes”.
No âmbito da saúde, o candidato sustentou serem necessárias “mais condições e valências” no Hospital de Pombal e “procurar que os centros de saúde funcionem com alguma eficácia, sobretudo no pós-pandemia”, exemplificando, ainda, a importância de alterar horários dos transportes e do Castelo, que são “desajustados”.
Entre outras propostas, João Pela defendeu, também, a criação de “condições para actividades culturais, para dar vida nocturna à cidade de Pombal, de forma a fixar jovens”, a reorganização administrativa das freguesias ou “elevar o nível literário da população”, sendo este “um dos desígnios do mandato”.
Quanto à transferência de competências da Administração Central, o candidato assegurou que só aceitará “com o envelope financeiro respectivo, sobretudo na área da educação”.
“Se está no meu horizonte ser munícipe e partilhar o espaço com os restantes munícipes, eu quero acreditar que vamos ganhar. Se for eleito vereador, a minha participação depende da coexistência das forças políticas e do papel que posso vir a desempenhar”, acrescentou.
Nas últimas autárquicas, o PSD obteve cinco de nove mandatos na Câmara, o movimento independente Narciso Mota – Potencial Humano conquistou três e o PS um mandato.
São também candidatos à liderança do município o presidente da Junta de Pombal, Pedro Pimpão (PSD), a advogada e actual vereadora Odete Alves (PS), o professor Jaime Portela (independente na lista da CDU) e o enfermeiro Nuno Carrasqueira (Iniciativa Liberal).
LUSA