Assunção Cristas, candidata à presidência do CDS/PP, teceu duras críticas ao Governo relativamente à proposta do Orçamento de Estado, reiterando estar fora do contexto da realidade do país.

«Parece uma ficção no cenário macroeconómico. Parece uma receita igual à que já conhecemos: `pode ser que dê`. Mas, na verdade, quando olhamos para as entidades internacionais e para as agências, o que dizem: `cuidado, é excessivamente otimista, não é realista, não é fidedigno`», começou por dizer, em Leiria, na primeira sessão da volta designada «Unidos para Vencer», na qual irá ouvir os militantes do partido.

«Se houvesse `Óscares` na política, certamente que haveria duas nomeações claras para o `Óscar` da melhor ficção, que seriam o primeiro-ministro e o ministro das Finanças», acrescentou.

Assunção Cristas aproveitou também para salientar a vitória de Marcelo Rebelo de Sousa na primeira volta das eleições presidenciais, como uma resposta à esquerda: «Esse voto rejeitou aquilo que alguns já davam como adquirido, de que o povo português está confortável e gosta desta lógica da esquerda toda junta. Isso não aconteceu. Marcelo Rebelo de Sousa foi eleito de forma clara, inequívoca e permitiu-nos recentrar e reequilibrar o espaço político.»